Hoje, apresentaremos a biografia do empresário e animador Silvio Santos. Boa leitura!
Filho de imigrantes gregos, Senor Abravanel, seu verdadeiro nome, nascera no Rio de Janeiro em 1930. Ainda jovem, no bucólico bairro da Lapa, o futuro apresentador do SBT já revelava seu tino para os negócios. Certa vez, caminhando pela Avenida Rio Branco, uma das mais importantes daquele estado, Silvio entraria em contato com um camelô, que logo lhe chamara sua atenção. Ele, por sua vez, vendia com enorme facilidade, carteirinhas plásticas porta-títulos de eleitor por cinco mil réis. Curioso, Silvio descobriria certo tempo depois, que o camelô as comprava por 2 mil réis de um atacadista, na Rua Buenos Aires. Percebendo a lucratividade que poderia ter, ele então compraria também a sua carteirinha, e sairia pelas ruas do Rio de Janeiro na tentativa de obter lucro. Com o sucesso do negócio, facilitado principalmente pela maneira carismática de se expressar, tem início uma das fases mais importantes da vida de Silvio Santos, o período em que atua como camelô.
A Rádio Guanabara
Do mesmo modo que ocorre hoje, o chamado “rapa” já atuava nas principais cidades brasileiras do começo do século XX. No Rio de Janeiro, por exemplo, isso não era diferente. Numa determinada tarde, Silvio Santos, não conseguindo fugir da fiscalização, seria levado até o Diretor de Fiscalização da Prefeitura, Renato Meira Lima. Percebendo o talento nato do jovem ao se expressar, ele lhe entrega um cartão com o contato de um colega seu da Rádio Guanabara. A rádio, por sua vez, realizava um concurso para locutores, do qual participariam cerca de 300 candidatos. Entre os nomes dos participantes estavam: Chico Anísio, Celso Teixeira, José Vasconcelos, etc. Realizado os testes, Silvio Santos conquistaria o primeiro lugar entre os candidatos, galgando dessa forma, a vaga de locutor para a emissora. Meses depois, o nome Senor Abravanel é substituído de forma definitiva por Silvio Santos.
Paraquedista
Já com 18 anos, Silvio ingressaria na Escola de Paraquedistas do Exército. Em seus dias de folga, ele atuava ao lado de Silveira Lima, na Rádio Mauá. Certo tempo depois, após dar baixa no Exército, o garoto se transferia para a Rádio Tupi, encerrando assim, a sua fase de camelô.
Barca da cantareira
Já em Niterói, trabalhando na Continental, Silvio Santos passa a se utilizar de uma barca para chegar ao Rio de Janeiro. Buscando animar a viagem, que contava com a presença das dançarinas de cabaré, ele pediria demissão da rádio, e com o dinheiro da indenização, se dirige a casa de eletrodomésticos J. Isnard. Ao chegar ao estabelecimento, a seguinte proposta seria feita: Ele faria anúncios do chamado refrigerador “Climax” por um ano, e em troca, a loja cederia todo o equipamento necessário para sonorizar a Barca da Cantareira. A loja toparia, e dentro desse contexto, surge o primeiro empreendimento de Silvio Santos.
Cia Antarctica
Ainda na barca, durante uma viagem a Ilha de Paquetá, Silvio Santos perceberia a real necessidade de mudança. Para tal, ele se dirige até a sede da Cia Antarctica no Rio de Janeiro, onde sugere que seus representantes lhe cedam um balcão de madeira e um pouco de gelo. Dessa forma, o empresário poderia vender produtos da marca, entre eles, a cerveja e o guaraná durante as viagens. Obtendo concordância por parte da Antárctica, ele iria além. Além das vendas, que em pouco tempo se tornaram um verdadeiro sucesso, ele, Silvio Santos, criaria uma promoção na qual para cada refrigerante ou cerveja comprada, o cliente receberia um lápis e uma cartela de bingo. Na metade das viagens, a música era interrompida, e o jogo tinha inicio. Entre os prêmios para os contemplados, destaque para jarras, quadros e bolsas de plástico. Voltando a Cia Antarctica, a lucratividade em cima do nome de Silvio Santos era bastante significativa, tanto que ele se tornara o cliente que mais vendia produtos da marca na cidade do Rio de Janeiro.
Chegada a São Paulo
Certo tempo depois, com o sucesso das vendas, Silvio Santos recebe o convite da Antarctica para conhecer sua sede em São Paulo. Foi nessa época, aliás, que o empresário entraria em contato com o universo do rádio paulista.
(Clique no player para ouvir)
O peru que fala
Como vimos até agora, Silvio Santos, muito antes da televisão, já se destacava como locutor de rádio. Por outro lado, é bom se diga, foi na Rádio Nacional, que ele ganharia uma projeção ainda maior. Nessa fase, ele seria convidado por Manoel de Nóbrega, um de seus principais amigos da época, para apresentar o quadro “Cadeira de Barbeiro” na emissora. Por uma leve timidez e por sua hipersensibilidade à luz, Silvio é apelidado pelo humorista Ronald Golias como “peru”. Aproveitando o gancho, Manoel de Nóbrega, passa a anunciá-lo como “Silvio Santos- O peru que fala”.
O Baú da Felicidade
Lesado por um sócio alemão, Manoel da Nóbrega, então responsável pelo chamado “Baú da Felicidade”, solicita que Silvio Santos interceda junto a seus clientes. O propósito da ação era fazer com que todos os envolvidos fossem ressarcidos junto a empresa (um baú de brinquedos), e mais do que isso, que pudessem receber os produtos até o natal daquele ano. Com o sucesso da empreitada, Silvio propõe sociedade a Manoel da Nóbrega, reformulando sua gestão. Durante 04 anos, a sociedade renderia ótimos frutos, e a empresa alcançaria um patamar jamais visto. Diante do sucesso conquistado por Silvio Santos, Manoel da Nóbrega decide se afastar do negócio, cedendo sua parte ao futuro dono do Sistema Brasileiro de Televisão.
Televisão
Silvio Santos faria sua estreia na televisão no inicio dos anos 60, mais precisamente em 1962, na TV Paulista, canal 05 de São Paulo. Seu primeiro programa seria chamado de “Vamos Brincar de Forca”, e era exibido toda segunda, às 21h00.
0 comentários:
Postar um comentário
Só um vai...simmmmmmmmm? Um comentariozinho, ahhh, só unzinho vai...nao custa nada...